MST e MAB marcham e realizam ato em Abdon Batista, Santa Catarina
1 Comentários Publicado por Sul em Movimento em sexta-feira, 10 de junho de 2011 à(s) 17:11.Link para as fotos
Na tarde de sexta-feira, 10 de junho, centenas de companheiros e companheiras do Movimento Sem Terra e do Movimento dos Atingidos por Barragens marcharam por 6 quilômetros até o centro de Abdon Batista, na região sul do planalto de Santa Catarina, e realizaram ato contra a construção da barragem da Usina Hidrelétrica Garibaldi. O objetivo da manifestação é conscientizar a população da local da importância de lutar por seus direitos coletivamente. Pois até o momento a empreiteira Triunfo, responsável pela construção da barragem, tem negociado ou expulsado individualmente os agricultores de suas terras que serão alagadas ou ficarão secas se a obra for concluída. No mesmo dia o MAB encaminhou carta à presidenta Dilma Roussef.
O ato foi realizado na praça central, em frente à prefeitura e a população parou para ouvir as manifestações. Os trabalhadores da obra também saudaram com palmas os lutadores do povo. Os deputados Pedro Baldissera e Luci Choinacki, apoiadores das causas populares, estiveram presentes no ato e fizeram os primeiros contatos com as autoridades e com o empresário para que recebam logo os representantes dos Movimentos. O Movimento dos Pequenos Agricultores também esteve presente prestando toda sua solidariedade.
Paralelamente ao ato foi realizada audiência pública em município vizinho, Anita Garibaldi, com representantes dos Movimentos, da empresa e juiz agrário. O resultado deve sair nas próximas horas. A empreiteira já entrou com pedido de reintegração de posse na área do canteiro de obras.
Desde segunda-feira os Movimentos ocupam o canteiro de obras e paralisam a construção da barragem da Usina. A reivindicação é que seja aberta negociação imediata com a empreiteira e com o Governador do Estado de Santa Catarina. Também desde o dia 6 de junho o MST ocupa um latifúndio no município vizinho, chamado Cerro Negro, e o acampamento foi batizado Terra Nova. A Reforma Agrária está em pauta sempre no país com os maiores latifúndios do mundo, o Brasil. Na região, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) já vistoriou algumas áreas que poderão ser desapropriadas e destinadas ao povo Sem Terra.
Até que sejam atendidas as reivindicações dos trabalhadores os acampamentos continuarão mobilizados. Águas para a vida, não para a morte! Terra para quem nela vive e trabalha!
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