Sul em Movimento 

Na Região do Contestado cem anos depois



"A terra não pertence ao homem. O homem pertence à terra."

Máxima atribuída à liderança indígena Sealth em carta-resposta ao presidente norte-americano que propôs comprar as terras de sua tribo em 1854.

Na noite deste 3 de agosto de 2010 os moradores da comunidade Portelinha realizaram uma reunião com a presença de mais de 50 pessoas e fundaram a organização jurídica da Associação de Moradores da Portelinha. Juristas populares pretaram toda a assessoria necessária para tal. Mas reforçaram que só a luta faz valer os direitos das comunidades da Portelinha e dos agricultores da ACORDI, pois não tem mais aparatos jurídicos que possam reverter a ordem de despejo contra os moradores. A comunidade já em luta e resisitindo há dias na sede da ACORDI contra o despejo ficou ainda mais disposta para vencer a batalha e fazer valer os direitos.

Na mesma reunião o deputado Amauri Soares esteve presente e reafirmou o compromisso do "humilde mandato" de deputado estadual com a causa dos populares. Fez uma explanação sobre a conjuntura local e internacional relacionando a crise em Imbituba com a especulação do capitalismo e dos interesses inconciliáveis das classes trabalhadora e burguesa, e também garantiu que os direitos só a luta faz valer. Ainda na mesma noite mais de 30 pessoas oriundas de movimentos sociais do campo e da cidade chegaram à sede da ACORDI prestando toda a solidariedade para dar mais forças a resistência.

Para amanhã, quinta-feira, às 17h, está marcada uma reunião ampliada na sede da ACORDI para elaborar e encaminhar tarefas acerca da defesa do povo catarinense contra as espoliações que grupos capitalistas impões contra gente usando para isso o estado, o governo, prefeituras, capangas e a justiça.

2 Respostas a “Mobilização nos Areais da Ribanceira: Em ato de resistência comunidade Portelinha se fortalece na organização social e jurídica”

  1. # Blogger Alvarêz Dewïzqe

    Força, e boa sorte! A vitória de vocês e de todos nós.  

  2. # Blogger Unknown

    Eu posso estar errada, mas aprendi desde muito pequena que não podemos nos apossar do que não nos pertence. Estas terras pelo que me consta nunca pertenceram de fato a esses agricultores. Não concordo com esta postura de sair por ai tomando o que não é nosso. Obviamente o progresso nem sempre é bom, mas já esta mais do que na hora de uma empresa de grande porte investir em Imbituba, gerar empregos, e que as famílias Imbitubenses não tenham mais que sair da cidade por falta de emprego, como aconteceu com a minha.  

Postar um comentário




(Ɔ)  Sul em Movimento. Todos os direitos reversados! É livre e estimulada a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída. Fotos: Pepe Pereira dos Santos. Diagramação: Leandro Monteiro dal Bó. Textos: Rui Fernando Neto. Outros autores indicados no texto.