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Sai lista dos cem maiores emissores de CO₂ de SP

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente anunciou hoje os cem maiores emissores de dióxido de carbono (CO2) da indústria paulista. Os oito primeiros são a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), a Petróleo Brasileiro S/A (Replan), Petróleo Brasileiro S/A (Revap), Petróleo Brasileiro S/A (RPBC), Petroquímica União S/A, Companhia Brasileira de Alumínio, Votorantim Cimentos Brasil Ltda., Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda.
De acordo com o secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, que anunciou, durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), a lista dos maiores emissores da indústria, até o fim deste ano poderá ser divulgado o primeiro inventário sobre emissões de CO2 do Estado de São Paulo. "Para fechar o estudo, estamos trabalhando na avaliação das emissões de outros segmentos, como comércio", disse.
A pesquisa foi realizada com 371 empresas do Estado em 2006. Das que participaram, 329 preencheram voluntariamente o questionário preparado por técnicos do governo. De acordo com o estudo, 60% das emissões são provenientes da queima de combustível e 40%, da produção industrial. Os combustíveis produzidos a partir de matérias-primas renováveis já respondem por 77,4% das emissões e os de origem fóssil, por 22,6%. Os setores que mais emitem são petroquímico (9,48 milhões de toneladas/ano), aço e ferro gusa (7,37), minerais não-metálicos (6,59), químico (3,18).
O professor José Goldemberg, autor da proposta de pesquisa dos cem maiores emissores, homenageado pelo secretário, disse que o levantamento "coloca São Paulo na posição de vanguarda que a Califórnia detém nos Estados Unidos". Segundo Goldemberg, a tendência que se observa em outros países é a de identificar os setores e grandes emissores e fixar metas mandatórias. Recém-chegado de viagem à América do Norte, disse acreditar que, no mais tardar, em 2009 os Estados Unidos deverão assumir compromissos de redução das emissões.
"O trabalho da secretaria é pioneiro e importante porque identifica 1/3 das emissões de São Paulo, que representam 10% das emissões brasileiras. Portanto, qualquer medida que as empresas venham a tomar colocará o Brasil em situação de destaque e terá impacto nas negociações internacionais", disse Goldemberg.
O presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Fernando Rei, elogiou o fato de desde 1995 o Estado ter um Programa de Mudanças Climáticas. "Agora ele faz parte da agenda política do governo. A cada dois anos queremos apresentar à sociedade um inventário de emissões", afirmou. Rei ressaltou a importância do programa estadual ao lembrar que o Brasil é quarto emissor mundial de gases causadores do efeito estufa. Ele disse que o estudo abre uma nova fase na relação do órgão ambiental com os setores produtivos.

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